Último dia de moleza

Hoje deve ter sido meu último dia de descanso por esses próximos meses.Após ler as provas do curso no ano passado,gentilmente deixadas pela Santa Beatriz, fiquei um pouco apavorado e curioso.Se eu sempre achei matemática difícil em português,imagina em inglês.Deve ser de lágrimas.

Comi o resto de um risoto de saquinho que fiz outro dia com uma fatia de queijo por cima só pra dizer que tem um conduto e pro pessoal não achar que eu sou um coitado.Não é mixaria,é que eu sou vegetariano,as vezes...consegui engolir.Fui até o centro de novo em busca do meu registro na polícia.Andei uns 30 minutos até o Albert Dock de novo e chegando lá, a polícia fechada. Saí meio triste e fiquei ali pela região sentado e olhando o rio.O vento era frio,igual o da Felipe Schmidt do inverno,só que bem pior.O sol e o clima das pessoas me mantiveram aquecido e por ali eu vi o Echo Arena(lugar que o Oasis toca mês que vem), o museu marítimo,museu dos Beatles e senti o cheiro maravilhoso de comidas boas.Hora de sair...

Pelo centro fui andando e percebendo o quanto eles tão trabalhando na cidade.Tem obra em tudo que é canto.O novo calçadão tem o piso que parece a casa do Alexandrino e ao invés de contruir um centro comercial novo e pronto,eles fizeram um parque gigante em cima dele que será inaugurado essa semana.Os operários trabalhando nos fins de semana.Ah se fosse no Brasil..."espera pras 6 da tarde,tem mais carro,mais gente vendo e escurece logo..."Não estou dismerecendo por completo as obras de Florianópolis e desse país, mas algo que sempre e deu raiva foi tentar descobrir os motivos por ninguém trabalhar em ritmo mais acelerado em obras de bem da população.Asfaltar a cidade em horário comercial,recapear a SC-401 quando começa a dar praia perto do verão e parar um viaduto porque tem um ninho de urubo no local.

Passei de novo pelo Cavern e tinha um cara tocando Half the world away(com direito até a batidinha no violão),canção que me fez lembrar meu amigo Jorge(aquele famoso que escreve no floripaontheline).Uma canção que ninguém conhece,mas que sempre que lembramos,a tocamos no violão quase chorando e sem ninguém entender nada, sendo desculpa pra buscar um copo de água da torneira na cozinha. Caminhei pelo centro até em casa e percebi que já estou andando por aqui como um doleiro no centro de Florianópolis,exceto pelo grito de "Câmbio dólar"(menção honrosa ao uruguaio gigante que ficava em frente ao Senadinho).

Encontrei o Garen,o americano que estuda comigo, pra discutirmos sobre as provas e o que achávamos das coisas do curso.Foi uma conversa boa,com cada um expondo o que pensa e o que quer daqui. Encontramos outros dois brasileiro,o Tomas e o Cláudio e ficamos pelo The Font vendo o Robinho perder o jogo e no outro jogo o Luís Fabiano marcar um belo gol de falta.

Acabou a moleza e como diria o pai do Zé:"Aqui não tem moleza não!" Aulas quase todos os dias das 9 até as 17, e um monte de coisa pra definir.

Muitos beijos pra vocês e se cuidem!
Amanhã se eu tiver vivo eu escrevo minhas primeiras impressões da vida séria daqui.
Buenas!